domingo, junho 25, 2006

A insistência da zebra nos pés da raça mexicana

Eduardo Sartorato
www.nagrandearea.blogspot.com


Jogo 50 – Argentina 2 X 1 México*
* Em 120 minutos. No tempo normal foi 1 X 1.

Foi o jogo mais nervoso de toda a Copa, até agora. E, por várias vezes, se desenhou uma grande zebra que entraria para a história.

A Argentina não foi nem sombra daquilo que jogou na primeira fase. Mas o mérito foi todo do time mexicano, que marcou o meio argentino com muita eficiência.

Apesar de ter pressionado desde o início, o México não teve sorte. Fez o gol nos primeiros minutos de jogo, mas levou logo em seguida.

Bloqueados no meio, os argentinos fizeram o jogo de espera. Saía para o ataque quando dava. Se não dava, se defendia bem.

Assim o jogo se desenhou em todo o primeiro tempo. Já na segunda etapa, a partida começou a ficar tensa.

Mas os argentinos não se abateram. Experientes, conseguiram segurar a motivação mexicana. No fim tiveram um gol mal anulado.

O México também teve chances. Passou perto de fazer o segundo, em uma cabeçada já nos acréscimos. E, assim, surgiu a primeira prorrogação da Copa do Mundo.

Porém um detalhe acabou com o vigor mexicano. Se foi o México que atacou e pressionou durante quase todos os 90 minutos, é claro que também teve mais desgaste físico.

Além disso, o técnico argentino do México, La Volpe, teve que fazer duas alterações por causa de contusões. Ou seja, só pôde substituir um jogador cansado no final da partida.

Apesar de todos os fatores indicando uma grande prorrogação, o belíssimo gol de Maxi Rodrigues jogou um balde de água fria na partida.

Os argentinos se voltaram para a defesa, a fim de segurar o resultado. E os mexicanos já estavam “mortos” de cansaço.

Mesmo assim, os descendentes astecas não se entregaram e tentaram até o fim.

Se, no final o jogo não mostrou uma surpresa no resultado, pelo menos o espírito mexicano serviu como uma aula de raça e motivação para muita seleção favorita.

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